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No boné, a frase "Get rich. Or die trying!" ("Fique rico. Ou morra tentando") e a imagem bordada de um cifrão.
Camiseta da grife Tommy Hilfiger, tênis Nike, cordão de ouro e um relógio suíço avaliado em R$ 4.000.
Cleber Alves, 29, o MC Bio G3, é, da cabeça aos pés, o estilo ostentação, vertente do funk criada por ele e por seu parceiro BackDi.
É assim que sonham ser e ter muitos dos jovens que fazem os "rolezinhos" em shoppings de São Paulo.
A música de Bio G3 faz parte da "trilha sonora" desses jovens. O MC, porém, é contra as correrias que ocorrem nesses encontros desde dezembro e que fizeram os centros de compras irem à Justiça para proibir os eventos.
"É uma manifestação de quem se sente à margem da sociedade e quer mostrar que também tem acesso a esses lugares", afirma. Segundo ele, embora o funk seja a trilha sonora dos "rolezeiros" os eventos não têm relação com o gênero musical.
"Sou a favor só se não interferir na vida do trabalhador, do lojista e de quem está lá com a família. Quando começa a invadir o espaço que também é dos outros, sou contra. Porque aí não há ideologia, é só bagunça", afirma.
Os "rolezinhos" marcados pelas redes sociais atraem milhares de jovens que entram nos shoppings de forma pacífica. Uma vez lá dentro, costumam promover correrias.
VERTENTE
"Tá de Juliet, Romeo 2 e Double Shox. Vale mais de um barão, esse é o bonde da Oakley" diz a música "Bonde da Juju", hit precursor do estilo musical que toca nos celulares dos jovens.
Bio G3, o autor, resume o estilo: "Ostentação é a vertente de um estilo musical que fala sobre consumo, marcas e sobre o potencial do jovem da periferia, que hoje tem acesso a coisas que antes não tinha."
"O jovem de periferia passou muito tempo sem isso. A gente olhava para a nave [carro de luxo] e achava que aquilo não era para a gente. Hoje, cantamos para que quem nos escuta busque isso."
MC Kelvinho, outro "astro-ostentação"–crescido em Cidade Tiradentes (zona leste), assim como Bio– tem o estilo que inspira os "rolezeiros".
Aos 18, está entre os artistas que têm músicas de sucesso no Youtube, que lhe garantem contratos para shows em todo o país. Para ele, falta organização aos "rolezinhos".
"Tem que ser ordenado. Se for tumultuado, vai criar preconceito e isso cai em cima do funk, que também é discriminado", afirma.
Camiseta da grife Tommy Hilfiger, tênis Nike, cordão de ouro e um relógio suíço avaliado em R$ 4.000.
Cleber Alves, 29, o MC Bio G3, é, da cabeça aos pés, o estilo ostentação, vertente do funk criada por ele e por seu parceiro BackDi.
É assim que sonham ser e ter muitos dos jovens que fazem os "rolezinhos" em shoppings de São Paulo.
Eduardo Knapp/Folhapress | ||
Os MCs Bio G3 e Kelvinho, ídolos dos jovens 'rolezeiros' |
"É uma manifestação de quem se sente à margem da sociedade e quer mostrar que também tem acesso a esses lugares", afirma. Segundo ele, embora o funk seja a trilha sonora dos "rolezeiros" os eventos não têm relação com o gênero musical.
"Sou a favor só se não interferir na vida do trabalhador, do lojista e de quem está lá com a família. Quando começa a invadir o espaço que também é dos outros, sou contra. Porque aí não há ideologia, é só bagunça", afirma.
Os "rolezinhos" marcados pelas redes sociais atraem milhares de jovens que entram nos shoppings de forma pacífica. Uma vez lá dentro, costumam promover correrias.
VERTENTE
"Tá de Juliet, Romeo 2 e Double Shox. Vale mais de um barão, esse é o bonde da Oakley" diz a música "Bonde da Juju", hit precursor do estilo musical que toca nos celulares dos jovens.
Bio G3, o autor, resume o estilo: "Ostentação é a vertente de um estilo musical que fala sobre consumo, marcas e sobre o potencial do jovem da periferia, que hoje tem acesso a coisas que antes não tinha."
"O jovem de periferia passou muito tempo sem isso. A gente olhava para a nave [carro de luxo] e achava que aquilo não era para a gente. Hoje, cantamos para que quem nos escuta busque isso."
MC Kelvinho, outro "astro-ostentação"–crescido em Cidade Tiradentes (zona leste), assim como Bio– tem o estilo que inspira os "rolezeiros".
Aos 18, está entre os artistas que têm músicas de sucesso no Youtube, que lhe garantem contratos para shows em todo o país. Para ele, falta organização aos "rolezinhos".
"Tem que ser ordenado. Se for tumultuado, vai criar preconceito e isso cai em cima do funk, que também é discriminado", afirma.
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