SAÚDE PÚBLICA
Por: Arthur Barbosa
Hoje minha filha foi vitima do descaso e do despreparo de
funcionários do Hospital regional dos Palmares. Minha filha estava muito doente
não se alimentava a alguns dias e a levei ao hospital para que fosse consultada
e possivelmente tomasse soro para se reidratar.
Haviam três
enfermeiras porém nenhuma delas sabia executar a tarefa, erraram a veia na
primeira tentativa da aplicação de uma maneira que tive
que pedir que retirassem a agulha pois enquanto ela sangrava absurdamente pelo
erro, elas discutiam qual o modo correto de aplicar o soro e ainda assim não
retiravam a agulha. Uma delas chegou a me questionar o porque do soro e a se
negar a fazer a aplicação, que só foi feita em seguida, porque ameacei levar a
questão a médica responsável. Tive que esperar sentada com minha filha no colo
e segurando o seu bracinho por mais de duas horas, pois elas se negaram a
coloca-la em uma cama.
Enfim,
quando o soro havia acabado, não tinha nenhum enfermeiro na sala para dar apoio
e nem mesmo nos corredores. Preocupada com o sangue que já estava saindo na
mangueira pelo termino do soro, sai pelo corredor gritando por um enfermeiro e
ninguém aparecia, até que me deparei com a mesma enfermeira que tinha feito a
aplicação, deitada em uma poltrona, ouvindo música nem ai pra o meu pedido.
Quando voltei a pedir que ela retirasse o soro, explicando que já estava
sangrando pois já tinha acabado a um tempo, ela disse: “tira lá você mesmo, é fácil,
é só apertar o botão azul”. Revoltada volteia pedir que ela fosse tirar,
afirmei que eu podia machucar ou fazer o procedimento de forma errada, nessa
hora ouvi ela dizer: “Então traz ela ki que eu tiro”, se negando a ir atender
minha filha que estava sozinha em duas salas ao lado chorando de dor.
Quando
levei minha filha que mal conseguia andar de tão fraca a sala onde ela estava,
ela não conseguia nem mesmo tirar os esparadrapos que ela mesmo havia colocado,
ajudei pois não aguentava ver minha Bella sofrendo tanto e o pior de tudo foi
ver ela puxar a agulhar horizontalmente, rasgando a pele da minha filha com a
agulha, que gritou imediatamente pois pegou também a veia, que sangrou muito
mais uma vez por um bom tempo. Sangrando muito levei minha filha uma assistente
social que não se prontificou e não tomou nenhuma atitude. Além disso, tinham
mais três crianças na mesma sala que eu e que estavam queimando em febre e
tiveram de esperar por quase duas horas, para que alguém chegasse para coletar
sangue pra que se fizesse um exame, além do que ainda teriam que esperar para o
recebimento dos resultados.
É
realmente revoltante para uma mãe, ver uma filha de dois anos passar por tudo
isso. Por isso peço que quem poder compartilhe, quem sabe assim podemos ajudar
a abrir os olhos e tomar atitude diante a essas situações.
Obrigada!
Katarine Santos
Palmares-PE