quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

O que levou Belo Horizonte a submergir nas chuvas de 2020

O geógrafo Alessandro Borsagli, especialista na hidrografia da capital mineira, fala ao ‘Nexo’ sobre as causas históricas e atuais das enchentes na região

RUA DE BELO HORIZONTE EM 29 DE JANEIRO DE 2020, APÓS FORTES CHUVAS



O estado de Minas Gerais enfrentou o maior volume de chuvas no mês de janeiro de 2020 dos últimos 110 anos, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. As tempestades de verão têm causado enchentes e estragos desde 24 de janeiro, quando as chuvas se intensificaram na região. Já somam 101 as cidades do estado que decretaram situação de emergência.

Segundo a Defesa Civil mineira, 55 pessoas morreram e aproximadamente 45 mil tiveram de sair de suas casas por causa da situação emergencial. Em Belo Horizonte, o órgão emitiu alerta de risco geológico até sexta-feira (31), devido ao encharcamento do solo urbano. Na região metropolitana da capital mineira, a situação do solo já provocou enormes crateras no asfalto e deslizamentos de encostas. A força da chuva levou ainda ao desabamento de construções.

Em Belo Horizonte, os impactos de um grande volume de chuva são agravados pelo fato de a cidade ter crescido em cima de uma grande malha fluvial. Desse modo, o aumento súbito do nível de água nos rios da cidade pode comprometer gravemente a estrutura viária. No caso, por exemplo, da avenida dos Andradas, construída em cima do rio Arrudas, bueiros estouraram como um chafariz, gerando imagens impressionantes que têm circulado nas redes sociais.

Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/entrevista/2020/01/30/Por-que-Belo-Horizonte-submergiu-nas-chuvas-de-2020

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Antes do início das tempestades da segunda metade de janeiro, a prefeitura havia colocado em prática um plano emergencial que disponibilizava caminhões, retroescavadeiras e hidrojatos para 11 pontos da cidade. Também foram reservadas 500 vagas em pousadas para famílias que tivessem de sair de casa.

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) estimou que a reconstrução de Belo Horizonte custará entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões. “O que aconteceu aqui nenhuma cidade do mundo aguentaria”, disse. Kalil afirmou que o calendário do Carnaval em Belo Horizonte está mantido apesar do que chamou de “maior desastre” da história do município.

O governo do estado, sob a gestão de Romeu Zema (Novo), anunciou que antecipará o pagamento da dívida estadual para todos os municípios que estejam em situação de calamidade ou emergência. Belo Horizonte deve receber R$ 200 milhões, em três parcelas. O presidente Jair Bolsonaro sobrevoou nesta quinta-feira (30) as áreas atingidas do estado.

O Nexo conversou por telefone na quarta-feira (29) com o geógrafo Alessandro Borsagli, mestre em geografia pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Minas Gerais, sobre as causas das enchentes em Belo Horizonte, o histórico do problema na cidade e as medidas que podem ser tomadas para que novos episódios de caos não se repitam no futuro. Borsagli é autor do livro “Rios invisíveis da metrópole mineira”, no qual trata dos impactos sociais, ambientais e urbanísticos da vedação dos rios de Belo Horizonte.

Por que Belo Horizonte submergiu nas chuvas de 2020?
ALESSANDRO BORSAGLI O volume de chuva realmente foi muito alto, em um curto período. Ao mesmo tempo, há o problema da precariedade da rede de drenagem urbana, que já é centenária em Belo Horizonte. O córrego do Leitão, por exemplo, era um curso d’água, que foi canalizado na década de 1920 e que desde então apresenta transbordamentos regulares e cada vez piores. As intervenções feitas na rede hidrográfica potencializam os transbordamentos. A ideia de que as canalizações diminuiriam as enchentes já é um erro comprovado, mas, por questões políticas e econômicas, não é abandonada.

Como é o histórico de Belo Horizonte em relação às enchentes? Já houve tentativas de solucionar o problema?
ALESSANDRO BORSAGLI Outros transbordamentos ocorreram em 1948, 1962 e 1983. O problema da infraestrutura hídrica também não é novo, e a questão da água no espaço urbano é historicamente utilizada para se fazer política. Por outro lado, esse volume de chuvas que se verificou nos últimos dias foi excepcional, e o aquecimento global pode ajudar a explicar o fenômeno.

Como a gestão das bacias hidrográficas é tratada no âmbito político?
ALESSANDRO BORSAGLI Normalmente a questão da gestão hídrica é deixada de lado pelos políticos. Quando mencionada em debates eleitorais, os candidatos falam apenas de canalizações. Isto é, discutem propostas de intervenção, e não de reabilitação. Com essa geração de políticos que temos, não consigo vislumbrar mudanças. Mas esse problema só está repercutindo agora porque atingiu os bairros da zona sul de Belo Horizonte [área nobre da cidade].

O Drenurbs [Programa de Recuperação Ambiental de Belo Horizonte, lançado em 2001], por exemplo, era um programa de vanguarda, para combater o problema do sufocamento dos cursos d’água. Ele propunha a proibição das canalizações dos cursos d’água e a reabilitação do leito natural dos rios. Acontece que, no decorrer dos anos, o Drenurbs foi sendo abandonado, por pressão inclusive dos setores da construção civil, e as canalizações continuaram. Muitas vezes, aliás, o Drenurbs foi usado como justificativa para essas canalizações, que atendem a questões sanitárias e viárias, mas que geram outros problemas, como os transbordamentos.

O que é necessário fazer para evitar o problema das enchentes no futuro?
ALESSANDRO BORSAGLI É necessário fazer uma reabilitação dos cursos d’água, o que inclui permitir uma maior permeabilidade das vertentes [faixa de terra entre o cume da montanha e o fundo do vale], criar parques ciliados ao longo dos cursos dos rios e estabelecer outras áreas verdes pela cidade. Tudo isso freia a velocidade com que a água chega aos fundos dos vales. Atualmente, a água chega com uma tal força que sai arrebentando tudo.

Pensando em um horizonte mais próximo, é necessário proibir as canalizações imediatamente. Também não se pode permitir a ocupação das planícies de inundação [várzeas] dos rios. E, o mais rápido possível, é preciso criar áreas permeáveis nos locais mais atingidos.

Quem deve se mobilizar para mitigar o problema dos transbordamentos?
ALESSANDRO BORSAGLI Diversos setores do Poder Público, claro, mas também a sociedade civil. Belo Horizonte apresenta vertentes bem consideráveis nas bacias hidrográficas. Assim, medidas de incentivo fiscal podem estimular que a população também se engaje na retirada de pavimentações que impermeabilizam o solo nessas vertentes.

Também é de suma importância o engajamento das universidades na busca da reabilitação plena da rede hidrográfica. O engajamento dos pesquisadores deve ser um projeto coletivo, um projeto de colaboração em prol da sociedade como um todo.

EXPRESSOComo a verba federal é usada em áreas atingidas por chuvas

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

ACABOU A PROPAGANDA ELEITORAL GRATUITA!


O horário político, guia eleitoral, horário eleitoral gratuito ou direito de antena ou tempo de antena é um espaço reservado por lei, dentro das programações de televisão e rádio, para propaganda eleitoral dos candidatos concorrentes, a fim de cada um apresentar seus projetos de governo.

VEJA O QUE MUDOU!



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Vamos Conversar? 


Fim da propaganda política??? Entenda!

Propaganda política, partidária, eleitoral... são todas iguais? Acabaram mesmo? Qual a nova regra? Entenda aqui.

Raphaela Bueno, Advogado Raphaela Bueno
Dentre as mudanças trazidas pela última reforma eleitoral, consubstanciadas na Emenda Constitucional nº 97 de 04/10/2017, e nas leis 13.487 e 13.488 de 2017, uma das mais surpreendentes e, porque não dizer, benéfica aos brasileiros cansados de assistir mentiras no horário nobre sustentadas pelo dinheiro público, é o fim da propaganda partidária!
Sim, você leu corretamente... A propaganda partidária acaba de vez. Entretanto, a eleitoral continua, porém, por curtíssimo período.

Vamos às diferenças.

As diferenças entre propaganda eleitoral e partidária estão muito bem demarcadas na Lei das Eleicoes (Lei nº 9.504/1997), na Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995) e no Glossário Eleitoral Brasileiro.
A propaganda partidária constitui espécie do gênero propaganda política, sendo que este ainda engloba a propaganda eleitoral, a propaganda intrapartidária e a propaganda institucional. Sendo assim, a propaganda partidária distingue-se das demais por ter como finalidade específica a difusão da ideologia do partido político.
De acordo com o Glossário, a propaganda partidária caracteriza-se pela divulgação, pelos partidos, de forma gratuita, no rádio e na TV, de programas destinados a temas ligados exclusivamente aos interesses programáticos dos partidos políticos, em período e na forma prevista em lei, preponderando a mensagem partidária, com a finalidade de angariar simpatizantes ou difundir as realizações da legenda.
Já a propaganda eleitoral visa à captação de votos, sendo facultada aos partidos, coligações e candidatos. Busca, por meio das ferramentas publicitárias permitidas na legislação eleitoral, influir no processo decisório do eleitorado, com a divulgação do currículo dos candidatos, suas realizações, propostas e mensagens, durante a campanha eleitoral. A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV, feita por partidos, coligações e candidatos, tem justamente esses objetivos.
Com base nas alterações legislativas, a propaganda partidária acaba de vez, pois extinguiu-se a propaganda gratuita, transmitida por inserções ao longo do ano em diversas emissoras de TV e rádio. A propaganda paga já era proibida.
Embora a propaganda eleitoral, que é transmitida apenas nos anos de eleição, não tenha sido inteiramente extinta, ela não pode mais ser financiada por recursos do próprio partido, ou seja, não pode mais ser paga, mas somente gratuita, dentro do período estabelecido na Lei 9.504/2017. Sendo assim, só pode ser veiculada após o dia 15 de agosto do ano eleitoral. Portanto, são apenas 35 dias de propaganda até o dia de votação.
Apesar da veiculação de propaganda política visar a concretização do ideal de Estado Democrático de Direito, de pluralismo político e de legitimidade de um governo representativo, pressupondo o enriquecimento de debate eleitoral e participação consciente dos cidadãos, o que elevou tais direitos ao status de cláusula pétrea (art. 17§ 3º, da CRFB), é inconteste que o objetivo destas veiculações foi distorcido . Está, a bem da verdade, corrompido, e todos sabemos do que se trata... basta ver os noticiários.
Não adentrando na seara da corrupção e nos atendo às alterações, o que fica após as inovações é: são constitucionais??? Porém, este é assunto para outra pauta.
Até breve.







quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Formação do ciclone subtropical deixa o estado do Espirito Santos em alerta até o final da semana



A tempestade "Kurumi" poderá atingir ventos de até 87 km/h e ondas de 5 metros

Espírito Santo está em alerta para o aviso de Ciclone (tempestade "Kurumi"), emitido pela Marinha do Brasil, que poderá atingir ventos de até 87 km/h e ondas de 5 metros, até o final de semana. 
Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), nesta quinta-feira (23), a persistência da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) mantém o tempo fechado sobre o Espírito Santo. Há previsão de pancadas de chuva, que podem ser intensas em praticamente todo o Estado.
A formação do ciclone acontecerá em alto-mar, entre o Norte do Estado do Rio de Janeiro e o Sul do Estado do Espírito Santo. O estado, que já está sendo castigado pelas fortes chuvas, principalmente na região sul, desde a última sexta-feira (17), recebeu avisos e alertas de cinco institutos de meteorologia.

Orientações

As agências federais orientam as defesas civis dos estados e municípios a remeterem o alerta aos demais órgãos que compõem seus sistemas de proteção e defesa civil, além de compartilharem as informações com institutos locais de previsão de clima e tempo. Caberá às defesas civis que atuam nas localidades o envio de alertas aos gestores municipais e às populações vulneráveis.
A Defesa Civil Nacional orienta que as pessoas que moram em áreas de risco, ou que já tenham registrado desastres anteriormente, procurem os órgãos locais de defesa civil para ter acesso ao plano de contingência para suas regiões. É importante conhecer as rotas de fuga e os pontos seguros para utilização em momento prévio aos desastres.

Situação do ES preocupa

Áreas de instabilidade se intensificaram sobre o mar e avançaram para o Espírito Santo espalhando nuvens carregadas sobre algumas regiões do estado próximas do litoral. A chuva recomeçou pesada sobre algumas áreas da Grande Vitória e região de Aracruz.
Em apenas 6 horas de chuva, entre aproximadamente 17 horas e 23 horas da quarta-feira, 22 de janeiro, choveu 193,0 mm sobre Aracruz, quase 115 m sobre Serra e 101 mm sobre Vitória. Os dados são do CEMADEN – Centro Nacional de Monitoramento e Desastres Naturais. 
A situação do Espírito Santo é uma das mais preocupantes no Brasil atualmente por causa do efeito chuvarada que vem ocorrendo sobre o estado.
Todo o estado vem de um histórico de muita chuva desde meados de novembro de 2019. A chuva deu uma trégua na segunda quinzena de dezembro de 2019 e voltou forte em janeiro. Algumas regiões do estado ficaram alagadas por causa da chuva forte na semana passada.
O risco de alagamentos, enchentes e deslizamentos de terra é alto porque muitas regiões do estado estão com o solo encharcado de água e o nível de córregos e rios está acima do normal para esta época.
Outra preocupação é com o nível do rio Doce, que vem de Minas Gerais e desemboca no mar na altura de Linhares.

No último boletim do Serviço Geológico do Brasil, do dia 21 de janeiro, ainda não havia alertas para a bacia do rio Doce. Porém, tem chovido muito sobre Minas Gerais, onde estão a nascente e os principais afluentes alimentadores do rio Doce, e a previsão é de muita chuva também sobre Minas Gerais nos próximos dias. Assim, não se pode descartar que até o começo da próxima semana ocorra uma perigosa elevação do nível do rio Doce.



A Defesa Civil de Minas Gerais, mandou alerta a população que está formando no meio do Oceano Atlântico, um ciclone que vai atingir as cidades de Vitória , Belo Horizonte e toda região metropolitana. Raios, granizo, ventos fortes, trovões. Mais de 100 % de águas. Avisem aos seus familiares






sábado, 18 de janeiro de 2020

CORREIOS SITE X CORREIOS APP


CORREIOS

No dia 15 deste mês de janeiro de 2020, me dirigi a uma Agência dos Correios para enviar uma mercadoria de uma cliente na Bahia, especificamente Ilheus, um dia antes baixei no meu Cell. O App dos Correios e fiz uma Pré Postagem onde coloquei as informações solicitadas, ao me dirigir a Agência dos Correios na Rua Silvino Macedo “Rua da Má Fama”, no centro de Caruaru, me surpreendo com o valor: Mais de 100% de almento ao valor simulado no App,



revoltado eu fui a Agência Central dos Correios também no centro de Caruaru, chegando lá pedi para que o funcionário para fazer a postagem que novamente o valor era mais de 100%, insastifeito pedi para falar com a gerência que me fez a seguinte pergunta: Você fez a simulação no site dos correios?


TELA INICIAL DO APP DA 
EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS

Respondi de imediato, no site não, fiz no App dos Correios e ela me respondeu que os Correios não se responsabilizava por App nenhum, logo em seguida ela veio com aquelas informações que não leva a lugar nenhum a não ser encher linguiças e eu volto a pressionar perguntando: Como é que o App tem a marca dos Correios e está sicronizado com os Correios, tanto é que o App emite um Numero de Pre Postagem onde o fucionário abre na sua plataforma de atendimento e toda informação colocada no App pode ser visto no pc? Ela tenta novamente me convencer em vão, pois como é que eu faço uma simulação de R$ 156,60/13 kg No App e nos Correios o valor sobe para R$ 335,00 “veja esse agravante, eu errei no peso colocando 13 kg quando na realidade o peso real foi de 5.980kg. mesmo com essa diferença toda em vez de baixar 100%, subiu e com essa diferença toda a Gerente dos Correios da Agência central de Caruaru continua dizendo que não se responsabiliza por App, e mandou-me fazer uma denuncia no SAC dos Correios, eu voltei a perguntar por que os Correios não manda remover os App da plataforma do Play Store? Revoltado, tive que pagar mais de R$ 179,00 para que a minha cliente não passasse vexame com o seu pedido.

Tudo isso que passei incentiva para que eu bata na porta do Direito do Consumidor, Ministério Público, Polícia Federal, Polícia Civil, constituir um Advogado para entrar com um processo nos Correios, Agência Caruaru, sobre a atitude constrangedora que a população de Caruaru está passando, pois estamos perdendo cliente com os exorbitantes valores dessa politica aplicada pelos Correios.
Eu te pergunto: Será que eu posso abrir uma loja Franqueada dos Correios ou um App dos Correios usando sua logomarca sem nenhuma autorização? Onde fica o uso do Registro de Patentes? É POSSIVEL?


Jamilton Correia

Vitória debaixo d'água...

ENCHENTE

Hoje pela manhã, Vitória do Espírito Santo foi pega de surpresa com a Capital e várias cidades, Iconha a mais atingida, mas também em alguns bairros de vila velha. 
Veja alguns vídeos enviado pelo grupo de Irmãos da Igreja Maranata para Caruaru