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quarta-feira, 23 de maio de 2018

SITUAÇÃO DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL AGRAVA EM CARUARU E REGIÃO

GREVE

A greve dos caminhoneiros já atinge várias cidades de Pernambuco. Em caruaru a dificuldade no abastecimento está obrigando a uma mudança no dia a dia da população.

      Veja
Os protestos de caminhoneiros contra tributos no diesel que elevam os custos para a categoria entram no terceiro dia nesta quarta-feira, ameaçando o abastecimento de combustíveis em postos, aeroportos e levando até mesmo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a flexibilizar a mistura de biodiesel para grandes consumidores no Rio de Janeiro.
“Os postos têm capacidade de armazenamento em média de três dias, parece que já tem revendedor com os estoques no final, a partir de hoje provavelmente a situação se agrava”, afirmou o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares.
Às 6h53, caminhoneiros chegaram a bloquear quatro faixas da Avenida Brasil, no trecho entre Jardim América e Parada de Lucas, em direção ao Centro do Rio, interrompendo totalmente o trânsito. Às 7h, os manifestantes ocupavam apenas uma faixa, mas o congestionamento na via era grande. Este é o terceiro dia de protestos dos caminhoneiros nas estradas do Estado do Rio. 
Eles protestam contra o preço do diesel e os impostos que incidem sobre os combustíveis. Eles reclamam também dos frequentes reajustes que fazem parte da política de preços da Petrobras, em vigor desde julho.  
ACOMPANHE A SITUAÇÃO DO TRÂNSITO NO RIO
O Rio
Ônibus, entidade que representa as empresas do setor, alertou na terça (22) que as ruas do Rio teriam menos veículos circulando. Porém, às 6h10, havia ônibus nas ruas de São Cristóvão, e passageiros contaram que não enfrentaram dificuldades.
Em um posto de combustíveis na Rodovia Washington Luís, altura de Duque de Caxias, os motoristas de ônibus fizeram fila para abastecer.
O Metrô Rio reforçou a operação em 41 estações do sistema.



sexta-feira, 30 de junho de 2017

HOJE TEM GREVE NO BRASIL

Professores, bancários e mais. Veja as categorias que devem fazer greve nesta 6ª

  • Sergio Moraes/Reuters
Do UOL, no Rio
As centrais sindicais e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo convocaram uma greve geral no Brasil para esta sexta-feira (30) contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB). A adesão ao movimento, no entanto, tende a ser mais baixa do que a registrada no primeiro ato, no fim de abril.
Confira abaixo as categorias que devem parar nesta sexta:

São Paulo

Os metroviários, que haviam anunciado na semana passada que participariam da greve, recuaram e decidiram, na noite desta quinta (28), não aderir à paralisação. Mesmo com a desistência, o sindicato da categoria afirmou apoiar a chamada greve geral de amanhã e convocou militantes para um protesto que vai acontecer às 16h, no vão livre do Masp, na avenida Paulista, região central de São Paulo.
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    Os sindicados dos motoristas de ônibus e dos ferroviários já haviam informado que não participariam do movimento. As centrais, no entanto, programaram atos na capital e no interior.
    Até o momento, confirmaram adesão à greve os bancários, petroleiros e professores das redes estadual e municipal de ensino.

    Rio de Janeiro

    No Rio, a paralisação será puxada pelos servidores públicos estaduais ligados ao Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais), que irão realizar um ato às 17h na Candelária, no centro da capital fluminense.
    Os professores da rede estadual e de algumas escolas municipais e particulares também vão cruzar os braços junto com os técnicos e docentes da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UFF (Universidade Federal Fluminense), UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) e Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro)
    Além deles, os bancários e petroleiros do Rio também decidiram parar nesta sexta-feira.

    Belo Horizonte

    Na capital mineira, o dia começa com um ato contra as reformas do governo Michel Temer às 9h, na Praça da Estação, na Avenida dos Andradas. Em seguida, os manifestantes caminham até a praça 7 e depois até a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no centro da cidade.
    Os funcionários do metrô de Belo Horizonte e de Contagem, na Região Metropolitana, também aderiram à greve.
    Os bancários da capital mineira e região aprovaram em assembleia a participação no movimento. O Sinpro (Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais), por sua vez, convocou todos os professores da categoria a participarem do movimento.

    Brasília

    Em Brasília, os rodoviários prometeram cruzar os braços.
    Além deles, também param os bancários e os professores ligados ao Sinpro-DF (Sindicato dos Professores do DF) e ao Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino).

    Curitiba

    Na capital paranaense, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de ônibus optou por não fazer greve, mas convoca todos os trabalhadores a participarem de um ato às 12h na Boca Maldita, no centro da cidade.
    Os bancários e professores, no entanto, prometem cruzar os braços.

    Porto Alegre

    O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do Estado (Sindimetrô-RS) decidiu paralisar a Trensurb por 24 horas, a partir da 0h. No fim da tarde desta quinta-feira (29), a empresa obteve liminar na Justiça garantindo o funcionamento pleno das 5h30 às 8h30 e das 17h30 às 20h30.
    Os ônibus, no entanto, devem funcionar normalmente.
    Os bancários e professores da rede pública e privada também prometem participar da paralisação.

    Recife

    Em Recife, participam da greve os professores da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e os docentes e servidores da rede pública e particular.
    Além deles, os bancários, metalúrgicos, policiais civis, auditores fiscais e servidores federais da saúde e previdência social cruzam os braços.
    Motoristas, cobradores e fiscais de ônibus decidiram em assembleia na tarde desta quinta-feira (29) não aderir à greve geral desta sexta-feira (30). Apesar disso, a categoria deve participar do ato público na Praça do Derby, na área central do Recife, marcado para as 15h.

    Salvador

    Em Salvador, bancários e professores decidiram parar as atividades. Rodoviários resolveram não aderir, e os ônibus circulam normalmente. Dois atos estão marcados. às 16h, no Iguatemi; e às 15h, no Campo Grande.

    Fortaleza

    Em Fortaleza, rodoviários aderiram ao protesto, mas apenas parte da frota deve ser paralisada. Bancários e professores também decidiram aderir à mobilização nacional. O Sindicato da Construção Civil também resolveu parar e promete fechar canteiros de obras. Na capital cearense, o ato está marcado para 9h, na Praça da Bandeira.

    Natal

    Em Natal, rodoviários também anunciaram que vão paralisar as atividades, mas o TRT decidiu que pelo menos 70% da frota circule. Um ato está marcado para as 15h, na avenida Salgado Filho.

    Maceió

    Em Maceió, os rodoviários também decidiram aderir a greve, e os ônibus não vão circular entre 8h e meio-dia. Bancários e professores também param. Um ato está marcado para as 10h na Praça dos Martírios.

    João Pessoa

    Em João Pessoa, os rodoviários vão decidir individualmente sobre parar ou não nesta sexta-feira. Bancários e professores aderiram também à paralisação. Comerciários foram orientados a não irem ao trabalho, o que pode deixar lojas fechadas. Às 11h, as centrais sindicais devem participar de uma reunião no Parque da Lagoa.

    Aracaju

    Em Aracaju, o temor de greve e atos levou a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) a ir à Justiça. Nessa quarta-feira (28), proibiu atos que impeçam o funcionamento das lojas, além de vetar o fechamento de ruas e impedir circulação de ônibus. Às 14h, na Praça General Valadão, haverá um ato.

    Teresina

    Em Teresina, rodoviários decidiram circular com apenas 30% da frota de ônibus. Auditores fiscais, bancários e professores também vão aderir. Um ato está marcado as as 8h, na praça Rio Branco.

    Manaus

    Em Manaus, a concentração do ato está marcado para as 7h, na praça da Saudade, com caminhada pelas ruas da cidade marcada para as 9h. Às 16h está marcado um ato cultural unificado na Praça do Congresso.

    quinta-feira, 13 de junho de 2013

    NA BASE DO CASSETETE - EM SÃO PAULO É PAU PRA COMER SABÃO E PAU PRA SABER QUE SABÃO NÃO SE COME...


    Elcio Fonseca relata o que passou com a polícia de bengala do estado de São Paulo, noticias de uma guerra (muito) suspeita.


    Elcio Fonseca

    Trabalho na esquina da Paulista com Augusta, em São Paulo. Estou acostumado à presença de emissoras de TV, produção de fotografia, manifestações, performances etc. É nosso cotidiano na esquina da America do Sul.

    Por isso não foi surpresa quando hoje, tomando um cafee no botequim embaixo do meu predio, vi na Tv Globo as cenas de veradeira guerrilha urbana, manifestantes colocando fogo nas ruas, cores dramáticas, narração idem, apocalipse now.

    Olhei pra fora do boteco o que ví? Nada. Apenas os carros policiais, helicópteros, cameras de tv, coisas a que estamos acostumados, cenas para tv, se me entendem. Tudo bem. Nada estranhando, voltei para o escritório, seis andares acima.

    Por volta das seis da tarde, a TV do escritório mostrava mais cenas dessa guerra que eu não reconhecia como real. Tudo bem, estavamos acostumados a glorificação da Paulista, cenário idealizado etc. Comentei com meu sócio, Abel Coelho, sobre o exagero dessa cena para tv, visto que não avistamos um só manifestante, uma só bomba caseira, um só morteiro de Santo Antônio. Tudo bem, não fosse pelo que se seguiu.

    Saí do prédio, tranquilo e calmo, desdenhando da ligação de Rita, minha mulher, que, assistindo a Rede Globo, me ligou para tomar cuidado, etc. e tal. Sorri do exagero dela e desci o elevador rumo a estação Consolação do Metrô, que fica bem defronte a portaria do prédio.

    Para minha surpresa, a estação estava fechada. Guardas me avisaram “volte até a estação Trianon/Masp, se quiser embarcar”. Achei um exagero, protestei, quando me volto para o lado esquerdo da Paulista e vejo pessoas vindo de mãos levantadas, fotógrafos com as câmeras suspensas, e, antes mesmo que pudesse me dar conta desse exagero, cerca de seis motocicletas irrompem pela nossa calçada, em velocidade e impetuosidade, atropelando pessoas, seguida de dezenas de cavalos, ao que todos, assustados e, alguns de nós, já em estado de pânico e estupor, encostam-se nas marquises.

    Quando fui protestar, os soldados da Policia Militar, com cacetetes batendo em seus escudos, foram nos empurrando, e, particularmente em mim, bateu com um cacetete nas costas, sem que eu pudesse pelo menos perguntar onde poderia tomar o Metrô. Uma truculência e humilhação a que não tinha presenciado nem nos momentos mais duros do regime militar.

    Demonstração sutil da Polícia Militar de São Paulo

    Depois destes momentos de verdadeiro terror, e – note-se – sem que eu visse nenhum “manifestante”, nada, ninguem, fomos empurrados para a rua Bela Cintra, privados de explicação, do direito de escolher nosso caminho, de sequer perguntar o porque dessa violência gratuita, única, exclusiva da Policia Militar do Estado de São Paulo, vi uma barricada na esquina com a Luis Coelho, com coisas que me parecerem colchões e pneus, queimando. Adivinhe quem colocou fogo? Isso mesmo, a Policia Militar de São Paulo, disfarçadamente.
    A mim restou descer a Rua Augusta, entre perplexo e assustado, ligando para a família, para me garantir – como nos tempos da ditadura -, dando minha localização, sem o direito de decidir meu caminho, meu rumo, meu destino.

    Na descida da Augusta localizei, afinal, o motivo de toda essa movimentação da tropa de choque da PM que bate em empresários e trabalhadores: cerca de 20 rapazes e meninas – lembra dos barbudinhos da PUC? – armados de um perigosíssimo megafone e algumas camisetas, pedindo calma e paciência, fugindo do confronto direto com a Policia que, ameaçadora e assustadoramente, com um aparato que não ví nem no Largo São Francisco no tempo da ditadura, repito, fechava a Paulista, fazendo uma cena de guerra para as câmeras de tv.

    A mim restou descer a Augusta até a Praça da Sé, resignado, com a marca do cacetete da policia de Geraldo Alkmin nas costas, e a humilhação que devem ter sentido meus amigos desaparecidos, os professores que apanharam de Mario Covas, Dilma Russef e outros tantos que agora são criminalizados por esta mesma força que teima em transformar rebeldia em anarquia, protesto em bandidagem, política em caso de polícia. E o pior: além de marcarem nossas costas com o cassetete da estupidez, roubam de nossos filhos a possibilidade de exercer a mais nobre das faculdades humanas, que é o espírito crítico e de liberdade.

    Elcio Fonseca
    RG 11.310.938-6
    CPF 049.475.128-22