Mostrando postagens com marcador serro azul. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador serro azul. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

PROFISSIONAIS QUE VISTORIAM SERRO AZUL EMITEM NOTA DE ESCLARECIMENTO

Fonte SECOM 13/02/2019



Em vistoria realizada na Barragem de Serro Azul, na terça-feira (12.02), pelo Conselho de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE), os profissionais convidados para a ação, com base no que foi visto, fizeram as seguintes considerações na nota de esclarecimento abaixo.

NOTA DE ESCLARECIMENTO
A barragem de Concreto Compactado a Rolo (CCR) inspecionada não apresenta nenhum sintoma de deslocamentos relativos entre partes da estrutura, esmagamento e esborcinamento dos concretos entre as juntas e fissuras existentes, que indique problemas estruturais, que possam levar a um colapso.
O que se pode observar são fissuras na superfície das paredes da galeria inspecionada, com distribuição regularmente espaçadas e com sentido predominantemente vertical. As fissuras foram induzidas durante a fase de execução, tendo como causas o efeito térmico, devido ao acúmulo de calor e à hidratação do cimento e/ou o efeito de retração por secagem.
Essas pequenas aberturas são muito comuns em qualquer estrutura de concreto de grande porte, devido à elevada restrição à movimentação da estrutura e à pequena capacidade do concreto de absorver esforços de tração. Essas falhas não podem ser correlacionadas com sintomas de ordem estrutural.
Infelizmente em obras hidráulicas, essas fissuras podem permitir a percolação de água, sendo muito comum essa situação em barragens de concreto em Pernambuco, no Brasil e no Mundo.
Nesse tipo de obra, a água percolada já prevista em projeto é convenientemente drenada e a galeria, que a equipe do CREA-PE visitou no interior da barragem, faz parte desse sistema.
Essa percolação de água por essas fissuras induzidas por efeito térmico e/ou retração, por secagem, tendem a reduzir com o tempo, o que acontece na barragem de Serro Azul. Isso ocorre porque a abertura dessas fissuras não evolui e existe o efeito de auto cicatrização do concreto. Caso as fissuras fossem de ordem estrutural as mesmas iriam evoluir, levando não à redução da passagem de água pelas fissuras e sim ao seu aumento.
Para que uma barragem desse tipo venha colapsar, muitos sintomas devem surgir antes de ser classificada como insegura e nenhum desses sintomas foi evidenciado na vistoria realizada.
Por outro lado, uma barragem desse porte deve ser constantemente monitorada através de instrumentos específicos, para que se detecte algum problema de movimentação, antes mesmo que sintomas visíveis venham a surgir e que ações sejam tomadas para que o problema não evolua.
Apesar da equipe não ter avaliado a qualidade do monitoramento já existente, o mesmo foi observado na inspeção realizada, sendo uma ação de controle de suma importância para a segurança da estrutura.
A água da barragem apresenta sinais de eutrofização, um odor muito forte, característico de uma quantidade excessiva de matéria orgânica.
Vale ressaltar que a comunidade que reside em área que sofre qualquer tipo de impacto deve ser capacitada e treinada para qualquer situação de emergência, evitando pânico. Nesse sentido é importante, à população, informação quanto ao nível da vazão da água da barragem.  Moradores cientes dos procedimentos adotados na barragem e da sua finalidade, sentem-se mais seguros.
Não foi verificada a existência de sirenes de alerta, rota de fuga da população em situação de risco, monitoramento e projeto de recuperação das áreas degradadas.
Diante do exposto na Nota Técnica, o CREA-PE esclarece a população que diferentemente do que está sendo veiculado nas mídias, a barragem de Serro Azul não apresenta risco de colapso. No entanto, com referência a alguns itens citados, o Conselho oficiará o Governo do Estado, legalmente responsável pelo equipamento, solicitando informações quanto ao nível de monitoramento e adequações de itens de segurança, no sentido de gerar tranquilidade para a população da região.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

SERRO AZUL E A ARTE ITINERANTE DOS PALMARES

PATRIMONIO MATERIAL


Usina Serro Azul, hoje em ruínas, construída na metade do século XIX, entre os anos de 1896 a 1929, pelo  coronel José Piauhylino Gomes de Melo Filho



Fazendo uma pequena visita no Distrito de SERRO AZUL podemos ver de perto o que o tempo fez com a Usina Serro Azul, hoje em ruínas, construída na metade do século XIX, entre os anos de 1896 a 1929, pelo  coronel José Piauhylino Gomes de Melo Filho, no engenho Camevou, nas margens do rio Uma, a Usina Serro Azul fica a 22 quilômetros de distância da sede do município de Palmares, os maquinários originais da Usina foram trazidos da Inglaterra, já a residência acredito ser mais nova pelo aspecto da sua construção hoje em alvenaria de tijolos sobre calçada alta, com acesso através de escadaria em três lances. Seu alpendre em forma de “U”, com telhado independente protegido por platibanda recortada, com delicados adornos em massa e pináculos.


 

 



No Distrito, existem outros atrativos históricos além das Ruínas da Usina e da Antiga Casa Grande, quando se fala em Patrimônio Cultural pensamos logo na FUNDARPE ou no IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Cine SERRO AZUL, um dos atrativos que me chamou a atenção por estar com placa de venda, sem duvida quem a comprar vai logo demolir, algumas casas antigas na rua principal do Distrito já sofrem mudanças na sua arquitetura 


mais o progresso é feito de mudanças, a Usina, a Casa Grande, o Cinema, os Casarios, a Igreja, o Rio Uma e tantas outras coisas que falam das nossas histórias vão desaparecer dando passagem para o futuro dessa comunidade trazendo Asfalto, Barragem e novas tecnologias Energéticas em constante evolução, como a energia solar fotovoltaica, a energia heliotérmica, e a fotossíntese artificial. Quanto a nossa história, o que podemos fazer? Demolir o passado ou restaurar para o futuro? Não podemos deixa pra lá o que um dia foi história!