POLITICA
O ex-diretor da Petrobras Renato Duque afirmou nesta sexta-feira ao juiz federal Sérgio Moro que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha o "pleno conhecimento" e o "comando" do esquema de corrupção dentro da estatal. Duque também afirmou que Lula teria lhe dito que não poderia ter nenhuma conta no exterior no nome dele.
O ex-diretor de Serviços relatou a Moro ter mantido três encontros com Lula, sendo que o último ocorreu já no curso da operação Lava Jato, em 2014. Segundo o ex-diretor, a última reunião com o ex-presidente ocorreu no hangar de uma companhia aérea no Aeroporto de Congonhas no qual, na versão dele, Lula perguntou se ele tinha uma conta na Suíça para receber recursos da empresa SBM. Lula disse-lhe que a então presidente Dilma Rousseff tinha recebido a informação que um ex-diretor da Petrobras teria recebido dinheiro na conta na Suíça, da SBM. "Eu falei não, não tenho dinheiro da SBM nenhum, nunca recebi dinheiro da SBM", disse. Pouco depois, segundo Duque, Lula afirmou: "Olha, presta atenção no que vou te dizer. Se tiver alguma coisa, não pode ter. Não pode ter nada no teu nome, entendeu?" Duque disse ainda: "Eu entendi. Mas o que eu iria fazer?" O ex-diretor admitiu que era uma "consequência" arrecadar recursos para partidos políticos a partir de contratos da Petrobras. Ele disse que ninguém lhe fez pedido para arrecadar recursos ilícitos, mas, destacou, que era uma situação "institucionalizada" e que envolvia os "grandes contratos". Indicado para a diretoria pelo PT, o ex-diretor disse ter tratado com todos os tesoureiros do partido contemporâneos a sua gestão sobre arrecadação de campanha. "Eu sabia que isso acontecia e permiti que isso acontecesse", confessou. Preso e condenado na Lava Jato, Duque decidiu prestar o depoimento espontaneamente. Ele admitiu que deseja firmar um acordo de delação premiada. "Gostaria de deixar claro que a minha intenção aqui é atuar como colaborador, dizer a verdade, esclarecer o que for possível e estiver ao meu alcance neste caso e em outros que o senhor julgar necessários", disse.
A assessoria do ex-presidente afirmou, por meio de nota, que o depoimento é mais uma tentativa de fabricar acusações contra Lula nas negociações entre procuradores da Lava Jato e réus condenados, com o objetivo de garantir uma redução de pena.
Segundo a nota, os acusadores de Lula apelaram para depoimentos mentirosos após não terem conseguido produzir uma prova contra o ex-presidente em dois anos de investigações.
“O desespero dos procuradores aumentou com a aproximação da audiência em que Lula vai, finalmente, apresentar ao juízo a verdade dos fatos", disse a nota, acrescentando que a audiência do ex-presidente foi adiada em uma semana sob o falso pretexto de garantir a segurança pública. A audiência do ex-presidente com o juiz Sérgio Moro, marcada inicialmente para dia 3, foi reagendada para o dia 10, sob argumento de necessidade de reforço de segurança.
"Na verdade, como vinha alertando a defesa de Lula, o adiamento serviu unicamente para encaixar nos autos depoimentos fabricados de ex-diretores da OAS (Léo Pinheiro e Agenor Medeiros) e, agora, o de Renato Duque.”
(Por Ricardo Brito)
A assessoria do ex-presidente afirmou, por meio de nota, que o depoimento é mais uma tentativa de fabricar acusações contra Lula nas negociações entre procuradores da Lava Jato e réus condenados, com o objetivo de garantir uma redução de pena.
Segundo a nota, os acusadores de Lula apelaram para depoimentos mentirosos após não terem conseguido produzir uma prova contra o ex-presidente em dois anos de investigações.
“O desespero dos procuradores aumentou com a aproximação da audiência em que Lula vai, finalmente, apresentar ao juízo a verdade dos fatos", disse a nota, acrescentando que a audiência do ex-presidente foi adiada em uma semana sob o falso pretexto de garantir a segurança pública. A audiência do ex-presidente com o juiz Sérgio Moro, marcada inicialmente para dia 3, foi reagendada para o dia 10, sob argumento de necessidade de reforço de segurança.
"Na verdade, como vinha alertando a defesa de Lula, o adiamento serviu unicamente para encaixar nos autos depoimentos fabricados de ex-diretores da OAS (Léo Pinheiro e Agenor Medeiros) e, agora, o de Renato Duque.”
(Por Ricardo Brito)
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