sexta-feira, 3 de julho de 2020

O grave alerta dos EUA ao Brasil


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Conforme vem noticiando o Conexão Política, o Brasil, que é um dos maiores mercados da gigante chinesa de telecomunicações Huawei, pode estar pronto para fechar seus contratos de 5G com as empresas de telecomunicações europeias, Ericsson e Nokia, enquanto os Estados Unidos estão conversando com o governo brasileiro, e propondo financiar a operação de infraestrutura 5G, sob a condição de que o Brasil deixe a Huawei fora das negociações.


Nesta quarta-feira, 24, a Embaixada dos EUA em Brasília divulgou, em português, uma declaração de Mike Pompeo.
Na mensagem, o secretário de Estado americano diz que cidadãos do mundo inteiro estão “acordando para o perigo do estado de vigilância do Partido Comunista chinês”. “A maré está se voltando contra a Huawei, à medida que cidadãos de todo o mundo estão acordando para o perigo do estado de vigilância do Partido Comunista Chinês”, disse Pompeo. “Os acordos da Huawei com operadoras de telecomunicações em todo o mundo estão evaporando, porque os países estão permitindo apenas fornecedores confiáveis em suas redes 5G”, acrescentou.


Huawei no Brasil


Isso representa uma grande perda para a gigante chinesa de telecomunicações, pois a empresa reforçou sua presença no mercado brasileiro nas últimas duas décadas, durante o período de governo de Lula e Dilma.


A Huawei conduziu testes 5G para as quatro principais empresas de telecomunicações,a Telefonica Brasil, TIM, Claro e Oi, e está ajudando estas empresas a modernizar sua infraestrutura, antes do leilão esperado do espectro 5G, que deve ocorrer em 2021. A empresa também prometeu instalar uma fábrica em São Paulo até 2022, com um investimento de 800 milhões de dólares.


O mercado brasileiro parecia um tiro certeiro para a Huawei, mas agora, com os EUA prontos para financiar os custos de infraestrutura se o governo brasileiro escolher por ‘players’ europeus ou outros não-chineses, o possível acordo com a Huawei “iria por água abaixo”. E isso significa uma enorme perda para a gigante chinesa das telecomunicações. “Quem quer fazer investimentos em países onde suas informações não serão protegidas?” disse o embaixador dos EUA, Chapman à Folha.


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