terça-feira, 22 de outubro de 2013

Campos diz que, sabendo administrar, é possível fazer obras dentro do prazo

PODER
DANIEL CARVALHO / RECIFE
 
governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), fez coro com o também presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) nas críticas à lentidão de obras federais como a transposição do rio São Francisco e a ferrovia Transnordestina.

Questionado ao visitar as obras de um hospital estadual nesta segunda-feira (21) sobre a possibilidade de cumprir o cronograma de grandes obras federais, Campos afirmou que "dá para fazer", desde que haja capacidade de gerenciamento.

A Folha mostrou no sábado (19), que um dos eixos da transposição do São Francisco, que deveria ter ficado pronto em 2010, andou somente 1% neste ano e somente deve ser concluído no fim de 2015.

A obra é conduzida pelo Ministério da Integração Nacional, que até o início deste mês era comandado pelo PSB de Eduardo Campos. O presidenciável disse que é preciso um "modelo de governança" que tome medidas corretivas a cada atraso detectado.

"Não é simples fazer, mas dá para fazer dentro do cronograma se você tiver essa capacidade de juntar pessoas com treinamento, com qualificação, usar as ferramentas de gestão para fazer o acompanhamento. Dá para fazer", afirmou o governador.

ERROS DO PT

O governador também comentou a
entrevista dada pelo ex-presidente Lula ao jornal espanhol "El País", em que admite que foram "aparecendo defeitos" como a "corrupção" no PT.

"A gente tem a obrigação de aprender com os erros dos outros", afirmou Campos, ao ser indagado sobre como fazer para que o PSB não se torne um novo PT. O governador defendeu a alternância de poder e afirmou que seu partido precisa estar preparado para "ir assumindo as responsabilidades".


O governador de Pernambuco Eduardo Campos participa de um programa da Rede Vida, no estúdio da TV em Brasília

"A gente precisa ter humildade, ter um partido que dialogue com os valores reclamados pela sociedade. Tem que renovar seus quadros, tem que acreditar na alternância de poder, que é algo que faz muito bem aos partidos", disse o governador.

"Os quadros partidários vão ganhando simplicidade, ganhando o chamado fio-terra, vão ficando 'linkados' com o dia a dia."

AGENDA

Campos não quis comentar as declarações que líderes petistas fizeram neste domingo (20), ao
anunciar a entrega imediata dos cargos que mantêm no governo de Pernambuco e nas prefeituras pessebistas do Recife e de Paulista (região metropolitana da capital do Estado).

Integrantes do partido afirmaram que Campos faz de Pernambuco o "quartel-general do antipetismo" no país. O governador afirmou que somente se pronunciará após conversar com o presidente estadual do PT, deputado federal Pedro Eugênio, às 14h desta segunda-feira (21).

Campos informou que não irá a São Paulo
acompanhar a ex-senadora Marina Silva (PSB), que participa nesta noite do programa "Roda Viva", na TV Cultura. Nesta terça-feira (22), Campos embarca para o Piauí, onde receberá o título de cidadão do Estado --governado por seu correligionário Wilson Martins (PSB).

A cerimônia está marcada para as 11h (12h, pelo horário de Brasília), na Assembleia Legislativa do Piauí.

Nenhum comentário:

Postar um comentário