BRASIL
Os depoimentos dos 77 delatores da Odebrecht na Operação Lava Jato aos juízes auxiliares do Supremo Tribunal Federal foram concluídos. Essa é a última etapa antes da homologação das colaborações pelo STF.
POR MÁRCIO FALCÃO
É a partir da homologação que as falas dos executivos e ex-executivos ganham validade jurídica e a Procuradoria Geral da República pode pedir ao STF para investigar os fatos e pessoas citadas.
Os depoimentos foram tomados em Salvador, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. O último a ser ouvido foi Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa e que está preso na Lava Jato, em Curitiba. Além de explicitar se delatou de forma espontânea, os colaboradores precisam confirmar alguns termos do que foi dito na delação.
A presidente do STF, Cármen Lúcia, ainda avalia se vai homologar as delações. A ministra pode homologar até o dia 31 de janeiro, em caráter de urgência. O caminho foi aberto pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu urgência para homologações. A ministra ainda avalia se tomará essa decisão ou se vai deixar para o novo relator da Lava Jato no Supremo.
No início da tarde desta sexta, Cármen Lúcia chegou a se reunir com o juiz Márcio Schiefler, que era o braço direito do ministro Teori Zavascki, morto na semana passada em acidente aéreo, na condução da Lava Jato.
Cármen ainda discute com os ministros quem será o sucessor de Teori Zavascki no comando da Lava Jato. A ministra teria conversado com vários integrantes do tribunal e estaria costurando um entendimento. Há uma tendência para que o caso seja redistribuído para a 2ª Turma. Ministros dizem ainda que caberia ainda enviar os processos para ser redistribuído no plenário, entre nove ministros.
A expectativa é de que Cármen Lúcia anuncie até o dia 1º de fevereiro, reabertura do ano do Judiciário, a solução encontrada.
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