domingo, 9 de setembro de 2012


Quatro mazelas da política bresileira
- por Severino Melo
No Brasil cada partido político tem um dono. Pode procurar que tem. Assim sendo, existe o desrespeito pela democracia.
Severino Melo – Escritor / Advogado 
– Cidadão Honorário de Caruaru
 – Mantenedor do Ateliê Literário

    1 – Analfabetismo  Político – Mas o que significa  e a serviço de quem está o – “Analfabeto Político – o pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”. Bertold Bhecht.
      2 – Partidos Políticos com dono – No Brasil cada partido político tem um dono. Pode procurar que tem. Assim sendo, existe o desrespeito pela democracia. Até o PCdoB, aquele que prega o “centralismo democrático”, quando leva as propostas para votação, já leva também a maioria dos votos da sua elite dirigente. Agora há pouco, o PDT, deu exemplo de “força” quando negou legenda ao Deputado Federal, Paulo Rubem Santiago, para a disputa pela Prefeitura do Recife, porque naquela cidade, o Governador do Estado, estava lançando candidato próprio e não podia ser contrariado, porque o “dono” da legenda do PDT em Pernambuco, implora pelo apoio do “dono” da legenda do PSB, para a sua atual campanha em Caruaru, inclusive já com manifestação televisiva de pura e manifesta influência político-eleitoral. Os Partidos atendem aos interesses pessoais de seus dirigentes e não da base formada pelos simples e humildes filiados.
      3 – Políticos Profissionais – No primeiro mundo as pessoas têm uma profissão e exercem um mandato político de forma esporádica e honrada como “múnus público”. Aqui, na nossa civilização tupiniquim, nós temos os profissionais da política, que, necessariamente, nem precisam declarar que têm alguma formação. A política se profissionalizou tanto na vida brasileira, que até os servidores públicos (municipais, estaduais e federais) que conseguirem um mandato de vereador, podem legalmente receber as duas remunerações, públicas, pagas, rigorosamente em dia, pelo suor, pelas lágrimas e pelo sangue do sofrido povo brasileiro. Consultem a Constituição da República, em seu artigo 38, inciso III.
    4 – Reeleição – é, talvez, a pior desgraça que assola a vida política brasileira. Os políticos profissionais a adoram e a cultuam. Ultimamente, ao ficarem velhos, têm colocado os filhos para disputarem os mandatos e a ciranda não para. Temos vereadores com mais de trinta anos de mandato e a renovação não pode se efetivar, porque a própria legislação engessa a rotatividade. Todos sabem como foi aprovada a Emenda Constitucional da Reeleição para o Poder Executivo. Houve compra de votos de Deputados Federais, denunciada pela imprensa, mas sem qualquer apuração.
         Enfim, quando se tornará obrigatório um Concurso Vestibular para políticos? Se querem transformar a “política” em profissão, então nada mais justo, que, antecipadamente, à concorrência ao pleito, os aspirantes a “político profissional”, pelos menos, se diplomem em Ciências Políticas e se capacitem para serem “membros de poder”, de direito e de fato. O resto são: “Colóquios flácidos para acalentar bovinos”, ou seja, “conversa comprida para boi dormir”. Tenho dito! Severino Melo – candidato a vice-prefeito de Caruaru pelo PSOL / 50 – “Vice-Prefeito Voluntário Mandato Sem Salário – porque mandato não é emprego e política não é profissão”. Slogan registrado no Primeiro RTD (Registro de Títulos e Documentos) da Capital, sediado em Recife / PE.

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