quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Única mulher eleita no 2o. turno, Raquel Lyra critica cota feminina na política

POLÍTICA

As cotas destinadas às candidaturas femininas nos partidos não são suficientes 


Para garantir a efetiva participação da mulher no cenário político nacional. A afirmação foi feita pela única mulher eleita no segundo turno das eleições municipais de 2016, a pernambucana Raquel Lyra (PSDB), prefeita eleita de Caruaru (PE). A tucana afirmou que os partidos “apenas cumprem” as cotas sem dar o real apoio para as candidatas.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, apesar de a lei eleitoral prever um mínimo de 30% de candidatas por partido, o número de eleitas não chega nem à metade dessa porcentagem. Venceram as eleições deste ano o total de 641, prefeitas o que representa apenas 11,5% dos eleitos. No segundo turno, das seis candidatas que estavam na disputa, só Raquel Lyra foi eleita. Ela venceu Tony Gel (PMDB), ex-prefeito do município, com 53% dos votos contra 46% do peemedebista.

À Folha, Lyra destacou que a desigualdade de gêneros na política brasileira está relacionada à visão da mulher na sociedade. “Ainda acham que a gente tem que cuidar das crianças, dos idosos”, afirmou.
A tucana vem de uma família com tradição na política. Seu pai, João Lyra Neto, e seu avô, João Lyra Filho, também ocuparam a Prefeitura de Caruaru por dois mandatos, cada um. Seu tio, Fernando Lyra, foi deputado federal.

“Quando eu era pequena e ia acompanhar o meu pai, sempre diziam: ‘mas não vai ter ninguém na política, não? Não tem nenhum, homem, um primo?’”, relembra. “Eu acabei fazendo minha carreira como servidora pública e política, mas sempre tem uma interrogação a mais por ser mulher”, disse.
Clique aqui para ler a íntegra da matéria na Folha de S. Paulo.

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