O uso do aplicativo do WhatsApp tem ganhado cada vez adeptos. Mas quando os acessos a essa ferramenta ocorrem no trabalho recomenda-se bom senso. Do contrário, há risco de demissões como ocorreu com cerca de 10 mil profissionais no Estado.
Sarah Rosado, psicóloga. Foto: Dayana Souza
Essas demissões ocorreram no período de um ano, com base nos dados dos trabalhadores dispensados que constam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Desse total, a psicóloga e especialista em pessoas e carreiras Gisélia Curry estimou que 5% dos desligamentos ocorrem por excessos ou por falar mal da empresa ou dos chefes no WhatsApp. Ela disse que também acontecem as demissões por causa das redes sociais.
Ela enfatizou que grande parte dessas demissões ocorre de forma velada, ou seja, o funcionário muitas vezes não é comunicado que esse foi o motivo do desligamento.
“O WhatsApp é uma realidade que não tem volta e virou uma ferramenta de comunicação até mesmo nas empresas. O problema é que ela requer cuidado, pois há várias situações em que ele tem destruído a imagem de profissionais.”
Ela explicou que antes era comum falar mal da empresa nos corredores, mas hoje eles utilizam o WhatsApp, em que tudo fica registrado. “E quando os chefes ficam sabendo, há uma quebra da confiança e o empregador não vai querer ficar com aquele funcionário.”
Um dos casos, segundo ela, é o de um funcionário que enviou as mensagens para um grupo falando mal da empresa sem perceber que enviava para o grupo errado.
Além de falar mal, Gisélia reforçou que há demissões pelo uso em excesso, o que gera uma queda na produtividade do funcionário.
Outro caso, retratado pela psicóloga e Coach da Suprema Soluções em Pessoas Sarah Rosado foi de uma jovem de 23 anos que trabalhava em uma empresa como editora de conteúdos. Ela estava no período de experiência e quando ia completar três meses, foi demitida.
Nessa empresa não era proibido o uso do aplicativo, mas o problema é que essa profissional não focava no trabalho e, com isso, não obteve o rendimento esperado.
E Sarah fez um alerta: “As pessoas acham que ao serem selecionadas estão contratadas e que não serão mais avaliadas. Pura ilusão! Por isso, recomendo bom senso quando o assunto é WhatsApp ou redes sociais no trabalho.”
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