DE SÃO PAULO
Policiais durante o segundo protesto promovido pelo Movimento
Passe Livre contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo;
mais uma vez, houve confronto com manifestantes
Cerca de 500 pessoas bloqueiam
a pista sentido Itaim da avenida Brigadeiro Faria Lima, em frente ao largo da
Batata, por volta das 19h desta sexta-feira. O grupo, que protesta contra o
aumento das passagens de ônibus, metrô e trem, chegou a fechar os dois
sentidos, mas o sentido Pinheiros foi liberado minutos depois.
Com o início da manifestação,
por volta das 18h30, comerciantes começaram a baixar as portas da região de
Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, o movimento, no entanto, é pacífico. Às
19h, o grupo estava concentrado próximo à rua Teodoro Sampaio.
Com 226 km de filas, São Paulo
tem a terceira maior lentidão do ano
Alckmin critica manifestação e
defende ação da polícia na Paulista
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da Paulista; moradores estudam ação
Ontem, o Movimento Passe Livre
promoveu uma manifestação com o mesmo tema na região central da cidade. O
protesto, porém, acabou resultando em confronto e deixou um rastro de
vandalismo em avenidas como a 23 de Maio, a Nove de Julho e Paulista. Com isso,
15 pessoas foram detidas.
Nesta sexta-feira, o
policiamento no largo da Batata, onde o grupo se concentrou, foi reforçado.
Com a passeata, a Faria Lima
tinha 1,8 km de congestionamento, por volta das 19h, no sentido Itaim, desde a
Teodoro Sampaio até a Cidade Jardim. Já entre a Cidade Jardim, a avenida Europa
e a rua Colômbia havia mais 1,3 km de retenção no sentido bairro.
Segundo Marcelo Hotmimsky, 19,
um dos organizadores da manifestação, os atos que ocorreram na Paulista foram
consequência da repressão policial. "A partir do momento que a polícia
reprime, a situação fica incontrolável. Os manifestantes foram atingidos por bombas
e balas de borracha. Eles apenas se defenderam".
CONFRONTO
O protesto ontem deixou um
rastro de vandalismo pela região central de São Paulo. A avenida Nove de Julho
ficou com muros e pontos de ônibus pichados. Já na avenida Paulista houve novas
pichações, vandalismo em bancas de jornal e confronto entre manifestantes e
policiais militares.
O shopping Pátio Paulista foi
fechado durante o protesto. Segundo a assessoria, o centro comercial fechou por
volta das 21h10 --50 minutos antes do normal--, quando um grupo de
manifestantes entrou no local e acabou danificando um dos dois carros que
estavam expostos na entrada, como parte da promoção de Dia dos Namorados.
O Metrô informou, em nota, que
os vidros dos acessos às estações Brigadeiro e Trianon-Masp, da linha 2-verde,
e houve vandalismo também na estação Vergueiro, na linha 1-azul. As ações nessa
última resultaram ainda em um segurança do metrô ferido.
As três estações e a estação
Consolação chegaram a fechar durante o protesto. Apesar disso, o sistema
funcionou normalmente. O cálculo de todos os prejuízos sofridos pelo metrô
ainda serão calculados.
O Metrô estimou o prejuízo em
R$ 73 mil e disse que vai "responsabilizar e acionar judicialmente os
autores por danos ao patrimônio público, para que os contribuintes e demais
usuários não tenham que arcar com o custo desse lamentável episódio".
Manifestantes
protestam contra o aumento tarifas de ônibus, metrô e trens da capital
paulista; ao menos 30 ficaram feridas durante protesto, segundo manifestantes
REAJUSTE
As passagens dos ônibus, metrô e dos
trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que eram R$ 3,
foram reajustadas para R$ 3,20 no último domingo (2). O reajuste foi de 6,7%.
No caso do ônibus, cujo valor da passagem não era corrigida desde janeiro de
2011, o valor ficou bem abaixo da inflação acumulada no período.
O IPCA, medido pelo IBGE e base da
inflação oficial, acumulou 15,5% desde o último aumento da tarifa. O IPC, da
Fipe-USP, 12,8%. Os índices foram calculados até abril
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