TRABALHO
“Os direitos das domésticas devem ser iguais aos dos demais trabalhadores”
Leia respostas de Eliana Menezes, presidente do Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos da Grande São Paulo
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Eliana Menezes é diretora do Sindoméstica-SP (Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos da Grande São Paulo) há dois anos. A missão do sindicato, que existe há nove anos, é “lutar pelas conquistas e defesas dos direitos da categoria”.
Leia também as respostas de Margareth Carbinato, do Sindicato dos Empregadores
iG: Na sua opinião, quais devem ser os deveres e direitos da empregada? Eliana Menezes: Os direitos e deveres das empregadas domésticas, na nossa opinião, deveriam ser iguais aos dos demais trabalhadores: regidos pela CLT. Com a aprovação da PEC, essa igualdade de direitos será possível.
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A empregada quer ser tratada com respeito e dignidade
iG: Na sua opinião, quais devem ser os deveres e direitos dos empregadores? Eliana Menezes: Os empregadores deverão cumprir o que determina a lei sobre os direitos das empregadas.
iG: Cinco anos atrás, como você definiria a relação entre empregador e empregado? Eliana Menezes: Definiria como de exploração do trabalho das empregadas domésticas, sem direitos e sem amparo na lei.
iG: Hoje em dia, como é esta relação? Eliana Menezes: Hoje em dia melhorou, pois as empregadas se conscientizaram mais, lutam pelos seus direitos e lutam para que os patrões cumpram a lei.
iG: Qual a reclamação mais frequente da categoria que você representa? Eliana Menezes: Ainda é a ausência do registro em carteira, seguido do não pagamento das verbas rescisórias.
iG: Como você imagina sua vida sem patroa? Eliana Menezes: Tanto a empregada precisa do emprego, pois necessita dele para pagar suas contas, como o patrão necessita muito do trabalho da empregada doméstica.
iG: Como a empregada gostaria de ser tratada pela patroa? Eliana Menezes: Ser tratada com respeito e dignidade, e que sejam cumpridos os direitos trabalhistas da categoria.
(Com reportagem de Raquel Paulino)
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